sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Plano mirabolante de Elon Musk vai levar internet barata a todo o mundo


A companhia espacial SpaceX vai fazer mais um lançamento com o foguete Falcon 9 no próximo sábado. E a carga desta vez é muito especial.

A carga útil primária será um satélite espanhol para o seu cliente Paz.No entanto, a carga secundária é que é a interessante, uma vez que se trata de dois satélites demonstrativos que a empresa quer colocar em órbita para testar o plano de oferecer serviço de comunicação via internet de banda larga para o mundo todo.

Os pequenos satélites – Microsat-2A e Microsat-2B – têm uma vida útil planeada de apenas 20 meses. Ambos irão conter transmissores de banda larga e, uma vez em órbita, a companhia testará a conectividade com várias estações terrestres, incluindo estações móveis e uma lista de locais que inclui os escritórios do CEO Elon Musk, como o da empresa de carros elétricos Tesla.

A SpaceX tem mantido segredo sobre o plano para oferecer acesso à internet generalizado. Durante uma conferência de imprensa semana passada, Musk não quis falar sobre o projeto, informalmente conhecido como Starlink.

No entanto, é difícil manter sigilo quando existem tantos documentos públicos à volta da proposta.

O que sabemos é que, nos próximos anos, a empresa espera lançar 4.255 satélites interligados de internet de banda larga para orbitar cerca de 1120 a 1280 quilómetros acima da Terra, além de outros 7.500 em órbitas inferiores.

Os documentos de aprovação do teste de sábado sugerem que o par de satélites será enviado a uma órbita cerca de 510 quilómetros acima da Terra. Em comparação, a Estação Espacial Internacional orbita o planeta a cerca de 400 quilómetros. Também indicam que a empresa está a trabalhar com parceiros na Argentina, Noruega e Nova Zelândia.

Hoje, cerca de 1.740 satélites ativos orbitam a Terra, além de 2.600 satélites mortos que estão provavelmente a flutuar no espaço. A frota planeada da SpaceX, de cerca de 12 mil satélites, seria quase três vezes maior.

A SpaceX está numa corrida cada vez mais competitiva para estabelecer acesso à internet rápido, generalizado e acessível por todo o planeta. A empresa acha que esse mercado vale dezenas, senão centenas, de milhares de milhões de dólares por ano.

Uma rede de satélites espacial eliminaria obstáculos e despesas de instalar tecnologias em terra. Desafios comuns associados à localização, escavação de buracos, colocação de fibra e tratamento de direitos de propriedade, por exemplo, são todos diminuídos por uma rede baseada no espaço.

Os custos mais baixos também poderiam resolver questões de acesso. Num pedido legal de julho de 2016, a SpaceX incluiu um dado de um relatório da Unesco afirmando que “4,2 milhares de milhões de pessoas (ou 57% da população mundial) estão offline por uma ampla gama de razões”, incluindo o facto de que a conectividade necessária não está presente ou não é acessível.

O plano de Musk é oferecer ao planeta inteiro internet com velocidade de 1 giga por segundo. A velocidade média global no final de 2015, de acordo com um relatório da empresa Akamai, era de 5,6 megabits por segundo, ou 1/170 da velocidade-alvo da SpaceX. Essa internet poderia ser acedida através de dispositivos relativamente pequenos que Musk disse em 2015 que custariam entre 100 e 300 dólares (cerca de 80 a 242 euros).

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